Na escultura Eros Triunfante, Bertel Thorvaldsen dá vida ao deus do amor como poucos ousaram fazer. Em vez do cupido travesso e infantil de tantas representações, ele nos apresenta um jovem sereno e vitorioso, recém-saído de uma conquista invisível. De arco na mão e semblante calmo, Eros não exibe euforia ou arrogância — sua vitória é silenciosa, como só o amor sabe ser quando toma conta de tudo sem alarde.
Thorvaldsen, mestre do neoclassicismo, sabia bem o que estava fazendo ao capturar esse momento de triunfo. A escultura parece congelar o instante exato em que Eros, após atingir seu alvo com precisão, contempla o resultado: corações rendidos, paixões despertas, mundos virados de cabeça para baixo. E tudo isso com a leveza de um toque — ou de uma flecha. Não há violência em sua conquista, apenas a inevitabilidade do desejo que ele representa.
A obra provoca uma sensação curiosa: de respeito por uma força invisível, mas onipresente. O artista dinamarquês transforma o deus em símbolo de algo maior — não apenas o amor romântico, mas o poder que ele tem de mover pessoas e destinos. Eros Triunfante é, no fundo, o retrato de uma força que todos já enfrentaram e, em algum momento, perderam para ela. E como Thorvaldsen parece nos sussurrar por meio do mármore: não há vergonha nenhuma em se render.
Peso: 320 g
Altura: 21 cm
*Imagens meramente ilustrativas.
**Produto frágil.
***Pintura semi manual, resultando em diferenças individuais a cada produto.